O Estado surgiu diante da necessidade de criar estruturas de poder, pois a tradicional autoridade dos chefes de famílias era insuficiente para gerir uma sociedade mais complexa, baseada na articulação entre aldeias e cidades. Alguns estudiosos admite que o surgimento do poder político esteve ligado às necessidades surgidas com a diversificação das atividades econômicas. A coordenação de obras de interesse coletivo, como os diques e canais de irrigação e a regulamentação do comércio exigiam a presença de pessoas encarregadas dessas funções, com poderes para impor decisões.
Os primeiros governantes do Crescente Fértil foram os Reis-Sacerdotes: o poder político nasce ligado a religião, mas foram substituídos por chefes políticos que não exerciam funções religiosas. O rei era designado como representante máximo da divindade e o responsável pela exploração das terras.
Outra mudança fundamental foi o aparecimento da propriedade privada. Nas comunidades agrárias os produtos de trabalho, a terra, a água pertenciam à coletividade. O surgimento das cidades e da divisão do trabalho tornou esse quadro mais complexo, e o fortalecimento dos templos e do poder político introduziu novos elementos de desigualdade. A união de algumas cidades ou Estados deu origem a impérios que dominaram muitos povos e se estenderam por vastos territórios.
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