domingo, 20 de maio de 2012

Ciência e arquitetura

Há cerca de 4 mil anos, os sacerdotes mesopotâmicos criaram diversos instrumentos como o astrolábio. Com isso, desenvolveram a astrologia e a astronomia, assim como aperfeiçoaram os conhecimentos da matemática. Nesse campo, também desenvolveram a álgebra e dividiram o círculo de 360 graus.
O calendário lunar, a semana de sete dias, a divisão do ano em doze meses e do dia em dois períodos de doze horas surgiram há milhares de anos, na Mesopotâmia.
Os mesopotâmicos acreditavam que, conhecendo o desejo divino, eles poderiam organizar melhor sua vida, em termos politicos, sociais e morais. A religião influenciava tanto o desenvolvimento das ciências quanto a vida das pessoas.


Astrolábio antigo, usado para medir a altura dos objetos.  

Eram preocupados em ficar mais próximos do céu, os mesopotâmicos construíram templos altos e majestosos, os zigurates, cujas torres davam a impressão de apontar para o firmamento, e não só funcionavam para rituais sagrados, como também como celeiros, hospitais, bibliotecas e observatórios astronômicos. No alto dos zigurates, ficavam os altares de cerimônias, de onde os sacerdotes observaram os corpos celestes.


Ilustração dos zigurates.

Mesopotâmia : Economia e vida social

A sociedade foi marcada por uma rígida divisão social, como mostra a imagem abaixo:


Sacerdotes, aristocratas, guerreiros e funcionários ocupavam as posições mais altas. Já na base da pirâmide social estavam os escravos, camponeses e trabalhadores (artesãos). Esses grupos eram constantemente convocados para o serviço militar e para a construção de obras públicas. 
A criação de um sistema de irrigação e drenagem incluindo a construção de diques e barreiras de proteção, aconteceu por razão das violentas enchentes dos rios, resultando na crise do abastecimento e da fome. Essa técnica foi necessária na acumulação de água para irrigar os campos nas épocas de seca. 
As cidades em si se tornavam cada vez mais ricas e complexas. O artesanato, por exemplo, foi uma grande importância para a sociedade mesopotâmica, com suas diversas produções: vasilhas de argila, pedra, vidro e madeira e dominavam a produção de cerveja, de tijolos, tecidos, objetos de metal, couro, artigos de madeira etc. 
O comércio também ganhou uma grande importância: zona de passagem, ponto de encontro de povos e culturas, tornando a região mesopotâmica um dos mercantis do Oriente. Como era a base de troca, o padrão comercial eram barras de metal, como empréstimos a juros, também ocorriam com frequência entre os mercadores. 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Os assírios e os caldeus

Os assírios eram um povo que habitava as margens do Rio Tigre, onde praticava a agricultura e a caça. Fixaram-se no norte da Mesopotâmia, nú-cleo do Império Assírio.
Desenvolveram-se diferentemente dos povos do centro e do sul. Tudo indica que tiveram o primeiro exército organizado da história, com tropas de arqueiros e lanceiros, carros de combate e cavalaria. Graças a essa máquina de guerra, conseguiram formar um grande império que, além da Mesopotâmia, chegou a dominar outros territórios.


Os assírios tratavam os vencidos com extrema crueldade: mutilações, torturas e deportação em massa das populações derrotadas eram práticas habituais. 


Os caldeus, povo de origem semita, derrotaram os assírios e fundaram o Segundo Império Babilônico ou Neobabilônico. O império viveu no apogeu do desenvolvimento arquitetônico, graças ao reinado de Nabucodonosor, representado pelas construções públicas, como as muralhas da cidade, a Torre de Babel e os palácios e Jardins Suspensos da Babilônia. 


Após a morte do rei, seus sucessores não conseguiram continuar com seu vasto território e o Segundo Império Babilônico foi conquistado pelos persas. Foi o fim da história dos grandes Estados mesopotâmicos. 

Os amoritas ou babilônios

As regiões dos sumérios e acádios foram dominadas pelos amoritas, também de origem semita, que criaram o segundo império organizado na Mesopotâmia: o Império Babilônico.
O rei que mais se destacou foi o Hamurábi, que governou o império de forma centralizadora e autoritária, conquistando e unificando toda a Mesopotâmia. Durante seu governo, a cidade de Babilônia tornou-se um dos maiores centros comerciais da Antiguidade. Humurábi é o autor do maior código de leis escrito até então, conhecido como Código de Hamurábi, baseando-se na chamada Lei de talião (olho por olho, dente por dente), que determinava que cada crime deveria ser punido com a prática idêntica ao delito cometido. Gravado em um monumento de pedra medindo 2 metros de altura por 35 centímetros de largura.































A morte de Humarábi levou o império à decadência, motivada principalmente por novas ondas migratórias, como as dos cassitas e dos hititas.

Os sumérios e os acádios

Os sumérios foram a primeira sociedade a desenvolver uma civilização na Mesopotâmia, fixando-se na Média e Baixa Mesopotâmia, na região que ficou conhecida como Súmer. Os sumérios foram responsáveis pelo aperfeiçoamento de técnicas de irrigação, arquitetura, artes e comércio. Também criaram a mais antiga forma de escrita, chamada como escrita cuneiforme por ser composta de caracteres em forma de cunha, gravados com um estilete em argila mole, que depois era secada e endurecida ao sol, como mostra a imagem abaixo:



Essa escrita permitiu o conhecimento da rica literatura, incluindo textos religiosos, mitológicos, históricos, fábulas, provérbios e códigos de leis.
Os sumérios trouxeram uma contribuição importante à chamada Revolução Urbana. A organização político-administrativa deles deu-se em torno de doze cidades-Estado, cada uma com um núcleo urbano e as terras que o circundavam. O chefe de cada cidade-Estado era chamado de Patesi, que controlava as obras públicas, como a construção de canais, celeiros e templos.
Essas cidades-Estado eram rivais e independentes entre si, portanto viviam em guerra, disputando o controle central do território. Esses núcleos ficaram sob a influência de um povo de origem semita, os acádios, formando com eles o Império Acádio (o primeiro grande Estado a se constituir na Mesopotâmia.

Povos mesopotâmicos

A região costuma ser dividida entre Alta Mesopotâmia, norte e parte menos fértil; e Média e Baixa Mesopotâmia, centro e sul do vale entre o Tigre e o Eufrates.
Os povos como dito em outra postagem, são: Os sumérios e os acádios; os amoritas ou babilônicos; os assírios e os caldeus.
Irei explica-los separados em outras postagens.

Mesopotâmia: terra entre rios

Sendo localizada no Crescente Fértil, a Mesopotâmia ao longo da sua história, não impediu de serem migradas por sociedades nômades. Atraídos pelas condições favoráveis à prática da agricultura, povos como sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus migraram em diferentes épocas e por esse motivo, sucessivas invasões não favoreceram a formação de um império duradouro e unificado como no Egito.
Foram graças ao Vale do Nilo e o vale entre o Tigre e o Eufrates que surgiu as duas primeiras áreas civilizadas, estando já em curso uma crescente diferenciação social: Os indivíduos passaram a ser divididos de acordo com as atividades que exerciam, entre produtores de alimentos e especialistas e os habitantes das aldeias passaram a depender das cidades para a sobrevivência, tornando-se tributários.

O surgimento do Estado


O Estado surgiu diante da necessidade de criar estruturas de poder, pois a tradicional autoridade dos chefes de famílias era insuficiente para gerir uma sociedade mais complexa, baseada na articulação entre aldeias e cidades. Alguns estudiosos admite que o surgimento do poder político esteve ligado às necessidades surgidas com a diversificação das atividades econômicas. A coordenação de obras de interesse coletivo, como os diques e canais de irrigação e a regulamentação do comércio exigiam a presença de pessoas encarregadas dessas funções, com poderes para impor decisões. 
Os primeiros governantes do Crescente Fértil foram os Reis-Sacerdotes: o poder político nasce ligado a religião, mas foram substituídos por chefes políticos que não exerciam funções religiosas. O rei era designado como representante máximo da divindade e o responsável pela exploração das terras.
Outra mudança fundamental foi o aparecimento da propriedade privada. Nas comunidades agrárias os produtos de trabalho, a terra, a água pertenciam à coletividade. O surgimento das cidades e da divisão do trabalho tornou esse quadro mais complexo, e o fortalecimento dos templos e do poder político introduziu novos elementos de desigualdade. A união de algumas cidades ou Estados deu origem a impérios que dominaram muitos povos e se estenderam por vastos territórios. 

A Idade dos Metais

Conhecido como o ultimo período da Pré-História, os instrumentos de pedra foram substituidos pelos de metal: o cobre, bronze e ferro.
Com a metalurgia surgiu uma nova atividade para os coletores, agricultores e pastores: o artesanato.
Primeiro, o cobre era moldado a frio, trabalhado a marteladas. Após algum tempo, mudou o modo como os metais eram feitos. Agora, eles eram aquecidos, despejando-se o material derretido em moldes de cerâmica ou pedra. Com o desenvolvimento da metalurgia, arados, enxadas e foices mais resistentes foram criados e contribuíram com o aperfeiçoamento das atividades agrícolas. Por volta de 1500 a.c os metais eram usados na confecção de joias, objetos de arte, armas e outras utilidades.
O ferro foi o mais difícil de manusear, porém suas qualidades eram ótimas. O ferro foi capaz de substituir os outros metais na confecção de numerosos artigos.