segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Religião Romana


Os romanos acreditavam em vários deuses, ou seja, politeístas. Os deuses eram antropomórficos, possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.

Crise e decadência do Império Romano


Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. Embora poderoso, o Estado não conseguiu preservar a unidade política e administrativa no imenso território, habitado por povos de origens e culturas divesas. Para conservar o controle das províncias, os governos tiveram que manter grandes contingentes militares, chegando ao ponto de obrigar os filhos de soldados a seguir a carreira dos pais. O que gerou imensas despesas para o Estado. Causou a desvalorização da moeda, a alta dos preços e um violento processo inflácionario. A crise se acentuou graças ao colapso do escravismo e a sua gradual substituição pelo sistema de colonato: pessoas empobrecidas do campo e das cidades procuravam os grandes proprietários rurais e, em troca de proteção, passavam a trabalhar em suas terras como colonos. Muitos proprietários preferiam transforar seus escravos em colonos, arrendando-lhes partes da terra.
A cidade ia despovoando, o comércio ia decaíndo e os metais preciosos escasseavam: receber salário em moeda era praticamente impossível.
Em 284, Diocleciano foi proclamado imperador pelas tropas sediadas no Oriente. Buscou uma saída para a crise e introduziu uma reforma conhecida como tetrarquia. Haveria dois coimperadores, os Augustos, que governariam as metades oriental e ocidental do império romano. Cada um teria seu auxiliar direito, os César, e mais tarde se tornaria coimperadores.
Menos de 50 anos depois, tiveram início as chamadas grandes migrações dos povos bárbaros. Pressionados pelos hunos, os grupos germânicos dos ostrogodos e visigodos cruzaram  as fronteiras do Danúbio e se estabeleceram no território do Império. Era a intensificação de um processo que já havia conduzido povos germânicos, como os francos, para dentro das fronteiras romanas.
O imperador Teodósio conseguiu pacificar os visigodos, cedendo-lhes territórios e colocando-os a serviço da defesa do Império. Ele também se tornou o cristianismo oficial do Estado. Sua ultima medida, no ano 395, foi a divisão do Império Romano em Império do Oriente e Império do Ocidente. O império do Ocidente recebeu o golpe fatal em 476, ano em que Rômulo Augústulo foi deposto. O Império do Oriente manteve-se ainda por centenas de anos, forte e centralizado, vivendo uma era de grande esplendor. 


Pão e Circo


Com o crescimento urbano, vieram também os problemas sociais para  Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Receoso de que pudesse haver uma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta política consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo o problema do desemprego e, assim, diminuia as chances de revolta. 
Luta de gladiadores: 


 Luta de gladiadores: pão e circo

Formação e Expansão do Império Romano


Depois de dominarem toda a península itálica, os romanos foram conquistar outros territórios. Com um exército bem formado e com muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas. Essa vitória garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando Grécia, Egito, Macedônia, Gália, Germânia, Trácia, Síria e Palestina.
Com essas conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por muitas mudanças. O império romano passou a ser mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império.
As províncias renderam grandes recursos para Roma. A capital enriqueceu e a vida dos romanos mudou. 

República Romana (509 a.C. a 27 a.C)


Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam de finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida. 
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).

Cultura Romana


A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos “copiavam” muitos aspectos da arta, pintura e arquitetura grega. Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Estes eram os locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política.
A língua romana era o latim, que depois espalhou-se pelo império, dando origem na Idade Média ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.



A lenda de Rômulo e Remo

Monarquia


Conta a tradição que Roma foi fundada em 753 a.C. pelos gêmeos Rômulo e Remo, criados por uma loba e governada por sete reis; Rômulo teria sido o primeiro deles. Os quatro primeiros reis foram latinos e sabinos e os três últimos, etruscos, o que evidencia a participação desses três grupos na formação do povo romano.
A própria urbanização da cidade de Roma foi, em grande parte, dos etruscos, que construíram canais de drenagem para secar pântanos nas planícies e tornaram área do fórum o núcleo da cidade, onde se realizavam o mercado e as assembléias políticas.
A sociedade romana era formada por dois grupos: os patrícios e os plebeus. Os patrícios formavam uma aristocracia de sangue, eram mais ricos em terras e gado. Os plebeus viviam como agricultores ou artesãos. Muitos clientes dos patrícios eram os plebeus, que trabalham em suas terras em troca de ajuda e proteção financeira e judiciária. Os plebeus não tinham direito à participação no governo da cidade. Existiam poucos escravos nessa época, havendo mais escravidão por dívidas.
Durante a monarquia, o Senado reunia os chefes das famílias patrícias de Roma, e sua principal tarefa era eleger o rei.
Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado em um grande império voltando-se inicialmente para a conquista da península Itálica e mais tarde para a Gália e todo o mundo da orla do mar Mediterrâneo. 

O esplendor de Roma


Roma, a capital da atual Itália, foi na antiguidade o centro da região do Meditarrâneo, a principal cidade de um enorme império. Situada na Península Itálica, região europeia limitada ao norte com a Cordilheira do Alpes; ao sul com o Mar Jônico; a leste com o Mar Adriático; e a oeste com o Mar Tirreno. A península é cortada pelos rios Pós, Arno e Tibre.
No século VIII a.C., quando Roma foi fundada, a península era habitada por diversos povos. Ao sul, na planície entre os rios Arno e Tibre, estavam os etruscos. No centro, era o território dos italiotas, que abrangiam grupos como os latinos e os sabinos.

ETRUSCO
Povo que habitou a Etrúria, atual região italiana da Toscana, e que influenciou o desenvolvimento da cultura romana. Os mais antigos cultos religiosos de Roma têm influência etrusca, e o alfabeto grego chegou aos romanos por intermédio dos etruscos.

SABINO
Povo italiota teve importante participação na formação do povo romano. A lendo do “rapto das sabinas”, capturadas para se tornarem esposas dos fundadores de Roma, ilustra essa contribuição

O amo pelo belo

Os gregos alcançaram notável desenvolvimento cultural e artístico. O século de Péricles ou século de ouro de Atenas consolidou a produção cultural anterior, que cresceu e tornou-se tão rica e fecunda que ultrapassou os limites do tempo e do espaço geográfico, influenciando toda a cultura ocidental.  


A Guerra do Peloponeso

A hegemonia ateniense, com a expansão de sua influência política, foi combatida por Esparta, que não desejava que o império de Atenas colocasse em risco as alianças de Esparta com outras cidades. A formação da Liga do Peloponeso inseriu-se nesse contexto. O confronto entre as cidades rivais acabou por levar à guerra, conhecida como Guerra do Peloponeso, iniciada em 431 a.C. Foram 28 anos de lutas, que terminaram com a derrota ateniense.


As Guerras Greco-Pérsicas

O confronto entre o império asiático e as cidades-Estado se manifestou na Guerras Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas.
Entre 500 e 494 a.C., as cidades jônias da Ásia Menor rebelaram-se contra os persas. Depois de dominar a revolta, o rei persa Diário I decidiu castigar os atenienses, que haviam apoiado os núcleos gregos. A primeira invasão da Grécia, em 492 a.C., fracassou depois que uma tempestade destruiu parte da frota persa. Apesar de inferiorizados numericamente, os atenienses derrotaram os persas e retornaram à cidade antes que a frota de Dario I a atacasse. Conta a tradição que, logo após a batalha, um soldado correu até a pólis e deu a noticia de vitória, morrendo em seguida de exaustão. A prova olímpica da maratona homenageia seu sacrifício. Dario passou então a preparar uma invasão em larga escala, mas morreu antes de concretizar seu projeto.


Atenas, o prazer de viver

Devido aos solos pouco férteis, a população voltou-se para o mar. Do porto do Pireu, próximo ao núcleo urbano, os atenienses desenvolveram o comércio no Mediterrâneo e abriram sua cidade às influencias. Atenas conheceu formas de governo como a monarquia, a aristocracia, a oligarquia, a tirania e a democracia, e também desigualdades sociais e ásperos conflitos, mas soube desenvolver uma brilhante cultura.



Esparta, o prazer da guerra

Para manter sua hegemonia, a aristocracia de origem dória montou uma estrutura voltada para uma ação militar continua. A preocupação das instituições era fazer de cada membro dos setores dominantes um elemento permanente do exército: Esparta encontrava na guerra sua justificativa e sua vocação.
A essa estrutura política correspondia uma sociedade hierarquizada, constituída por três grupos distintos. No topo estavam os esparciatas  ou espartanos, descendentes dos dórios, que gozavam de todos os privilégios e viviam sob rígida disciplina militar. Seguiam-se os periecos, antigos habitantes da Lacônia, que se dedicavam ao artesanato e ao comércio. Eles não tinham direitos políticos, embora fossem livres e cultivassem suas próprias terras. Havia ainda os hilotas, umas espécie de escravos de pólis, que eram destinados aos esparciatas para cultivarem suas terras. Sem direitos ou qualquer proteção legal, os hilotas chegavam a sofrer massacres periódicos, disfarçados como “exercícios militares” e destinados a manter o equilíbrio demográfico entre eles e os esparciatas.




O nascimento da democracia

Em quase todas as cidades-Estado, salvo Esparta e Tessália, os reis tradicionais foram depostos ou reduzidos a figuras decorativas a autoridade foi retomada aristocracias locais, porém em bases diferentes daquelas da fase anterior à tirania. A partir de então, em algumas cidades-Estados, a democracia  iniciou seu processo de desenvolvimento.

O mundo grego

A Hélade, território dos antigos gregos abrangia o sul dos Bálcãs, a Península do Peloponeso e as Ilhas do Mar Egeu. Também foram fundadas colônias na costa da Ásia Menor e na Sicília e no sul da Península Itálica, região conhecida como Magna Grécia. Seu primeiro pólo cultural foi a Ilha de Creta, a maior do Egeu. A civilização cretense floresceu entre 2000 e 1400 a.C. Nesse período, Creta dominou o comércio marítimo no Mediterrâneo e estendeu sua influência à Grécia Continental.
Sabemos pouco sobre como se organizava sua sociedade, mas é certo que palácios tinham uma grande importância. Os arqueólogos descobriram suas ruínas em Cnossos, Faísto e Malia. O palácio era o centro da vida econômica e política. Era lugar de residência de um rei, que governava com auxilio de funcionários e de uma nobreza. Os palácios tinham armazéns para guardar os produtos agrícolas entregues como tributos por uma população de camponeses. Nos arquivos palacianos foram encontradas tabuinhas de cerâmica com uma escrita ainda não decifrada, mas talvez utiliza para contabilizar os bens do soberano. À diferença dos palácios encontrados no Oriente Próximo, aqueles de Creta na eram circundados por muralhas, indicando a falta de necessidade de proteção contra invasores externos.
Muitos elementos sugerem que sua religião tinha como base  o culto à Grande-Mãe, deusa da fertilidade, considerada a mãe de todos os seres vivos. Segundo alguns especialistas, a preponderância feminina na religião estaria associada a uma organização social semelhante ao sistema matriarcal. Outros, porem, acreditam que os dados iconográficos – pinturas encontradas em cerâmicas – não são suficientes para fundamentar essa interpretação, uma vez que nem sempre é fácil distinguir as representações divinas e as imagens de sacerdotes, sacerdotisas e adoradores.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Persas

A hegemonia política de Ciro foi reforçada por meio de uma política de respeito às diferenças culturais e religiosas dos povos conquistados. Como resultado, Cambises, filho e sucessor de Cito, herdou um império rico e um exérciyo poderosos. Ele deu continuidade ao expansionismo persa, conquistando o Egito na BATALHA DE PELUSA. Com a morte de Cambises, sem herdeiros, o trono persa foi entregue a Dario I, considerado um grande estadista, responsável pelo apogeu do Império Persa.


  • Uma moderna forma de administrar
Para governar domínios tão extensos, Dario empreendeu uma ampla reorganização político-administrativa e criou um sistema eficiente de administração pública. O império foi divido em províncias chamadas Satrapias, dirigidas por governadores, que pagavam ao Estado impostos à riqueza da província. Dario criou também um serviço de informações, formado por funcionários de sua confiança conhecidos como "Olhos e Ouvidos do Rei", para fiscalizar as ações dos satrapias. 
O sistema de impostos foi unificado com a criação da moeda de ouro, chamada de dárico, tida como a primeira unidade monetária internacional. 
Para efetivar o contato entre as províncias, Dario organizou um funcional sistema de correios e pavimentou uma ampla rede de estradas ligando as grandes cidades como Pasárgada, Susa e Persépolis. 
Apoiado no seu poderoso exército, Dario I e depois seu filho tentaram subjugar as coônias gregas da Ásia Menor. Foi essa a origem das chamadas GUERRAS GRECO-PÉRSICAS, entre os persas e as cidades-Estado do mundo grego, enfraquecendo o Império Persa, ate sua total submissão, com a derrota de Dario III, o último imperador. 

  • Zoroastrismo: o bem versus o mal
Na religião, a cultura persa mostrou sua originalidade, basicamente devido 1a influência reforadora do profeta Zoroastro. Os principios pregador por esse profeta estão contidos no Zend Avesta, livro sagrado dos antigos persas. Sua doutrina, negava a magia, o politeísmo e os sacrifícios de sangue. Em vez dessas práticas, o zoroastrismo enfatizava a capacidade de os indivíduos optarem entre o bem e o mal. Zoroastro e seus seguidores ensinavam a crença em AHURA-MAZDA, o deus do bem, da luz, da justiça e da sabedoria. Mas além dele havia também ARIMÃ, o espírito das trevas. As pessoas tinham liberdade de escolher entre os dois. 


Representação de Ahura-Mazda, o deus do bem. 

Representação do Arimã em forma do Diabo, espírito das trevas.

Para ser aceito pelo espírito do bem, cada indivíduo tinha que dizer sempre a verdade e ser bom para os outros. A recompensa por esse comportamento era a vida eterna no Paraíso. Aos seguidores do espírito do mal, estava reservado o inferno, uma vida de tormentos. Hoje, essa religião ética e dualista está presente na Índia. 

Fenícios

Por sua posição geográfica ser próxima as passagens das caravanas nômades, favoreceu a sua atividade comercial. Os fenícios obtiveram grandes lucros com o comércio de madeira e desenvolveram a construção naval, a metalurgia e a produção têxtil.
A expansão do comércio e da indústria favoreceu o crescimento de poderosas cidades. Os fenícios dominaram outros territórios e estabeleceram novos pontos comerciais estratégicos, como o de Cartago, os da Sicília, o de Cádiz e várias ilhas do Mediterrâneo.
Na Fenícia, não existiu um Estado unificado, mas sim cada cidade era um Estado independente, governado por dois sufetas e organizado como uma monarquia ou uma república PLUTOCRÁTICA(controlada pelos cidadãos ricos).


  • A sociedade fenícia
Empregavam os metais, a madeira e o marfim na confecção de armas, joias, cerâmicas e objetos de vridro. Dominavam também a técnica da tinturaria de tecidos. Importavam tecidos, vestimentas e tapetes da Mesopotâmia, marfim, ébano, essências aromáticas e outro da Arábia, e cavalos da Ásia Menor. 
Eram grandes navegadores, sendo que foram para a Península Ibérica em busca de prata, ferro, estanho e chumbo. As feitorias e colônias fenícias no norte da África e em alguns portos da Espanha, da França e de Chipre eram usadas como entrepostos comerciais. 
Após séculos, as cidades fenícias alcançaram grande desenvolvimento, dominando o Mar Mediterrâneo, o Mar Negro e o Mar Cáspio. Porém, com o tempo, a Fenícia foi anexada anexada aos impérios Assírio, Babilônico, Persa e Macedônico. Com a conquista de Tiro por Alexandre da Macedônia, a hegemonia do universo fenício passou para Cartago, que resistiu aos romanos no episódio conhecido como GUERRAS PÚNICAS. 

  • Inventando o alfabeto
A necessidade de organizar e controlar melhor as atividades comerciais levou os fenícios a desenvolverem símbolos para facilitar a comunicação entre as pessoas. A escrita desenvolvida pelos fenícios deu origem ao alfabeto, posteriormente adaptado pelos gregos e pelos romanos. 



Alfabeto fenício visto de uma placa e alfabeto fenício simplificado. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Hebreus

A moral e a ética dos hebreus foram o seu mais importante legado e serviram de base para o judaísmo e o cristianismo, duas das principais religiões do mundo atual.
A sua herança histórica mais marcante foi deixada pelos judeus e árabes, cuja as relações entre eles são marcadas por conflitos constates, pois ambos lutam pela hegemonia sobre a Palestina. Os judeus julgam-se com direitos históricos sobre a região e os árabes afirmam possuir direitos adquiridos pela longa e contínua ocupação.
A sociedade hebraica formou-se no segundo milênio antes de Cristo, momento em que o Egito e a Mesopotâmia já eram considerados grandes impérios. Uma das principais fontes de pesquisa sobre a história do povo hebreu é a Torá, que corresponde aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, além de outros 41 livros, cujo nos ajuda a conhecer a história, os costumes, os mitos, as ciências, as leis etc.

Imagem de um Torá. 

A sua sociedade era patriarcal, formada por famílias numerosas, que seguiam com devoção uma das mensagens de Deus: "Crescei e multiplicai-vos". 
A partir dos 10 anos de idade, os meninos começavam a ser treinados pelos seus pais para assumirem um papel de destaque na tribo, já as meninas eram cercadas de cuidados e, desde cedo, preparadas para o casamento. Na sociedade hebraica, a mulher, quando se casava, tornavam-se propriedade dos maridos, cujo fato mostra a inferioridade social da mulher. 
A sociedade também era escravocrata: os escravos eram divididos em um grupo dos escravos hebreus e outro o dos escravos estrangeiros. 
Organização política: fase inicial conhecida como Período dos Patriarcas. Os patriarcas eram a autoridade política e moral do clã e conduziam seus descendentes e seus rebanhos de oásis em oásis. Por muito tempo o povo hebreu foi comandado pelos patriarcas. 

  • O exílio no Egito 

Segundo a tradição bíblica, um grande período de seca assolou a região e os hebreus migraram para o Egito. Fixaram-se na região do Nilo e permaneceram por la durante 400 anos.
Liderados por Moisés, os hebreus deixaram o Egito e iniciaram o retorno à Palestina, num episódio  que ficou conhecido como ÊXODO. Segundo a Bíblia, Moisés era filho de hebreus, e sua mãe, para impedir que o menino fosse morto pelos soldados do faraó, colocou-o num cesto de vime e o soltou no Rio Nilo, próximo do local onde uma princesa banhava-se todos os dias em companhia de suas servas. A princesa, ao ver o cesto com a criança, tirou-o do rio, considerando-a presente dos deuses. Levou o menino para o palácio e criou-o como principe do Egito, dando-lhe o nome de Moisés, que quer dizer "nascido das águas".

Princesa egípcia retira Moisés do cesto que estava no Rio Nilo, 
em cena do filme O principe do Egito. 

Porém quando cresceu, Moisés descobriu sua verdadeira identidade e foi viver entre os hebreus. Mais tarde, recebeu a missão de libertá-los da servidão no Egito e conduzi-los de volta à Palestina, a Terra Prometida. Contudo, não existem provas de que essa história seja verídica. Mas não resta dúvida, quanto a importância do episódio do Êxodo na constituição da identidade cultural do povo judeu e ao papel desempenhado por Moisés na construção dessa identidade. 
Segundo a tradição judaica, foi durante o retorno a Palestina que Moisés recebeu as Tábuas da Lei.

Imagem das Tábuas de Lei, cuja são duas placas de pedra,
 nas quais foi escrito os Dez Mandamentos. 

A partir da crença em um Deus único e das leis associadas aos Dez Mandamentos, foi desenvolvida a primeira grande religião monoteísta, o judaísmo, que influenciou a criação do cristianismo e mais tarde a do islamismo. 

  • O estado hebraico e sua decadência 
Na Terra Prometida, os Filhos de Israel dividiram-se em doze tribos lideradas pelos JUÍZES, chefes militares e políticos escolhidos pelo povo. As tribos eram autônomas e só se uniam diante das ameaças comuns nas guerras, contra os filisteus e cananeus. No decorrer das lutas, as tribos de Israel reforçaram a sua unidade, por meio de um Estado organizado. Saul, o primeiro rei de Israel realizou conquistas militares, mas depois de sofrer algumas derrotas, houve uma forte oposição contra ele e, por conta disso, suicidou-se, sendo sucedido por Davi, que definiu e organizou o Estado e conquistou Jerusalém(capital política e religiosa do reino). O governo de Salomão, filho de Davi, marcou o apogeu da monarquia, fortalecendo o poder, criando uma administração organizada e eficiente, promovendo a expansão do comércio com outros povos e construindo palácios e templos. 
Com a morte de Salomão, instalou-se uma crise político-sucessória que levou a divisão entre as tribos, formando, portanto, dois Estados: o Reino de Israel, constituído pelas dez tribos do norte; e o Reino de Judá, governado por Roboão, filho de Salomão. Esse episódio ficou conhecido como CISMA. Os habitantes de Israel passaram a ser chamados de israelitas, e os habitantes de Judá tornaram-se conhecidos como judeus. 
A partir de então, crises enfraqueceram os dois reinos, que foram invadidos por outros povos, como os assírios, egípcios e babilônios. Depois de sufocar uma revolta dos judeus, o rei da Babilônia ordenou a transferência da população para a Mesopotâmia. Esse episódio ficou conhecido como CATIVEIRO DA BABILÔNIA, que durou até o rei da Pérsia conquistar os territórios babilônicos e permitiu que os judeus retornassem a Jerusalém e reconstruíssem o Templo. 
Depois dessa hegemonia persa, a Palestina foi conquistava por Alexandre da Macedônia. Um nova invasão colocando o território sob o controle de Roma. Durante a dominação romana, grupos nacionalistas judaicos se organizaram e incitaram revoltas, duramente reprimidas, até serem esmagadas. Os judeus foram então expulsos da Palestina, proibidos de retornar àquela região e dispersos pelas províncias romanas. Esse episódio ficou conhecido como DIÁSPORA, termo que significa dispersão. 
Os judeus, portanto, passaram a viver em pequenas comunidades, sem território próprio e mantiveram-se como nação até quando a ONU criou o Estado de Israel, permitindo o retorno do povo judeu ao seu antigo território. 





Tres Impérios, Dois reinos

A união das populações do Vale do Nilo na construção de canais e diques originou a formação de dois reinos: o Alto Egito e o Baixo Egito.
Após ocorrer a unificação do Egito, a autoridade ficou submetido a um único soberano, o Faraó, cujo detinha a administração e os tribunais de justiça. Sendo também o sacerdote chefe dos templos, liderava o exército, intervinha no comércio, nas minas e nos celeiros.
Essa história de tres impérios no Egito se dá com a unificação, dividido em três periodos:  o Antigo Império, o Medio Império e o Novo Império.

ANTIGO IMPÉRIO:

Caracterizado por grandes obras de irrigação e pelo desenvolvimento da agricultura, além da construção das grandes pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos no planato de Gizé. Designadas pelos nomes dos respectivos faraós que as construíram. O Estado, nessa época, era pacifista. O poder central, as poucos foram debilitando-se, por conta dos proprietários de terras, que desafiaram, muitas vezs, a autoridade do faraó levando portanto, o esfacelamento do império.



 Visualização das três pirâmides localizado em Gizé.


MÉDIO IMPÉRIO:

Foi um período próspero marcado pela expansão territorial e pelo início das relações comerciais entre os egípcios e outros povos, como os fenícios, os sírios e os cretenses.
A trajetória do Médio Império sofreu uma brusca interrupção, quando o Egito foi conquistado pelos hicsos, cujo permaneceram por mais de um século no território egípcio, graças a suas armas de ferro e carros de guerra, desconhecidos dos egípcios.


Hicsos, em seus carros de guerra conduzidos por cavalos. 


ALTO IMPÉRIO:

Esse império resultou na expulsão dos hicsos, sob a liderança do faraó Amósi I. Outros povos que haviam se estabelecido no Egito, como os hebreus, foram transformados em escravos. 
O pacifismo deu lugar a uma política expansionista: exércitos egípcios anexaram a Núbia, a Palestina, a Etiópia, a Síria e a Fenícia. Após, iniciou-se um longo período de decadência e o Egito foi sucessivamente conquistado por outros povos, como assírios, persas e depois foi dominado por Alexandre da Macedônia. Afinal, o Egito foi anexado pelos romanos.