segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Hebreus

A moral e a ética dos hebreus foram o seu mais importante legado e serviram de base para o judaísmo e o cristianismo, duas das principais religiões do mundo atual.
A sua herança histórica mais marcante foi deixada pelos judeus e árabes, cuja as relações entre eles são marcadas por conflitos constates, pois ambos lutam pela hegemonia sobre a Palestina. Os judeus julgam-se com direitos históricos sobre a região e os árabes afirmam possuir direitos adquiridos pela longa e contínua ocupação.
A sociedade hebraica formou-se no segundo milênio antes de Cristo, momento em que o Egito e a Mesopotâmia já eram considerados grandes impérios. Uma das principais fontes de pesquisa sobre a história do povo hebreu é a Torá, que corresponde aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, além de outros 41 livros, cujo nos ajuda a conhecer a história, os costumes, os mitos, as ciências, as leis etc.

Imagem de um Torá. 

A sua sociedade era patriarcal, formada por famílias numerosas, que seguiam com devoção uma das mensagens de Deus: "Crescei e multiplicai-vos". 
A partir dos 10 anos de idade, os meninos começavam a ser treinados pelos seus pais para assumirem um papel de destaque na tribo, já as meninas eram cercadas de cuidados e, desde cedo, preparadas para o casamento. Na sociedade hebraica, a mulher, quando se casava, tornavam-se propriedade dos maridos, cujo fato mostra a inferioridade social da mulher. 
A sociedade também era escravocrata: os escravos eram divididos em um grupo dos escravos hebreus e outro o dos escravos estrangeiros. 
Organização política: fase inicial conhecida como Período dos Patriarcas. Os patriarcas eram a autoridade política e moral do clã e conduziam seus descendentes e seus rebanhos de oásis em oásis. Por muito tempo o povo hebreu foi comandado pelos patriarcas. 

  • O exílio no Egito 

Segundo a tradição bíblica, um grande período de seca assolou a região e os hebreus migraram para o Egito. Fixaram-se na região do Nilo e permaneceram por la durante 400 anos.
Liderados por Moisés, os hebreus deixaram o Egito e iniciaram o retorno à Palestina, num episódio  que ficou conhecido como ÊXODO. Segundo a Bíblia, Moisés era filho de hebreus, e sua mãe, para impedir que o menino fosse morto pelos soldados do faraó, colocou-o num cesto de vime e o soltou no Rio Nilo, próximo do local onde uma princesa banhava-se todos os dias em companhia de suas servas. A princesa, ao ver o cesto com a criança, tirou-o do rio, considerando-a presente dos deuses. Levou o menino para o palácio e criou-o como principe do Egito, dando-lhe o nome de Moisés, que quer dizer "nascido das águas".

Princesa egípcia retira Moisés do cesto que estava no Rio Nilo, 
em cena do filme O principe do Egito. 

Porém quando cresceu, Moisés descobriu sua verdadeira identidade e foi viver entre os hebreus. Mais tarde, recebeu a missão de libertá-los da servidão no Egito e conduzi-los de volta à Palestina, a Terra Prometida. Contudo, não existem provas de que essa história seja verídica. Mas não resta dúvida, quanto a importância do episódio do Êxodo na constituição da identidade cultural do povo judeu e ao papel desempenhado por Moisés na construção dessa identidade. 
Segundo a tradição judaica, foi durante o retorno a Palestina que Moisés recebeu as Tábuas da Lei.

Imagem das Tábuas de Lei, cuja são duas placas de pedra,
 nas quais foi escrito os Dez Mandamentos. 

A partir da crença em um Deus único e das leis associadas aos Dez Mandamentos, foi desenvolvida a primeira grande religião monoteísta, o judaísmo, que influenciou a criação do cristianismo e mais tarde a do islamismo. 

  • O estado hebraico e sua decadência 
Na Terra Prometida, os Filhos de Israel dividiram-se em doze tribos lideradas pelos JUÍZES, chefes militares e políticos escolhidos pelo povo. As tribos eram autônomas e só se uniam diante das ameaças comuns nas guerras, contra os filisteus e cananeus. No decorrer das lutas, as tribos de Israel reforçaram a sua unidade, por meio de um Estado organizado. Saul, o primeiro rei de Israel realizou conquistas militares, mas depois de sofrer algumas derrotas, houve uma forte oposição contra ele e, por conta disso, suicidou-se, sendo sucedido por Davi, que definiu e organizou o Estado e conquistou Jerusalém(capital política e religiosa do reino). O governo de Salomão, filho de Davi, marcou o apogeu da monarquia, fortalecendo o poder, criando uma administração organizada e eficiente, promovendo a expansão do comércio com outros povos e construindo palácios e templos. 
Com a morte de Salomão, instalou-se uma crise político-sucessória que levou a divisão entre as tribos, formando, portanto, dois Estados: o Reino de Israel, constituído pelas dez tribos do norte; e o Reino de Judá, governado por Roboão, filho de Salomão. Esse episódio ficou conhecido como CISMA. Os habitantes de Israel passaram a ser chamados de israelitas, e os habitantes de Judá tornaram-se conhecidos como judeus. 
A partir de então, crises enfraqueceram os dois reinos, que foram invadidos por outros povos, como os assírios, egípcios e babilônios. Depois de sufocar uma revolta dos judeus, o rei da Babilônia ordenou a transferência da população para a Mesopotâmia. Esse episódio ficou conhecido como CATIVEIRO DA BABILÔNIA, que durou até o rei da Pérsia conquistar os territórios babilônicos e permitiu que os judeus retornassem a Jerusalém e reconstruíssem o Templo. 
Depois dessa hegemonia persa, a Palestina foi conquistava por Alexandre da Macedônia. Um nova invasão colocando o território sob o controle de Roma. Durante a dominação romana, grupos nacionalistas judaicos se organizaram e incitaram revoltas, duramente reprimidas, até serem esmagadas. Os judeus foram então expulsos da Palestina, proibidos de retornar àquela região e dispersos pelas províncias romanas. Esse episódio ficou conhecido como DIÁSPORA, termo que significa dispersão. 
Os judeus, portanto, passaram a viver em pequenas comunidades, sem território próprio e mantiveram-se como nação até quando a ONU criou o Estado de Israel, permitindo o retorno do povo judeu ao seu antigo território. 





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