segunda-feira, 27 de agosto de 2012



Esparta, o prazer da guerra

Para manter sua hegemonia, a aristocracia de origem dória montou uma estrutura voltada para uma ação militar continua. A preocupação das instituições era fazer de cada membro dos setores dominantes um elemento permanente do exército: Esparta encontrava na guerra sua justificativa e sua vocação.
A essa estrutura política correspondia uma sociedade hierarquizada, constituída por três grupos distintos. No topo estavam os esparciatas  ou espartanos, descendentes dos dórios, que gozavam de todos os privilégios e viviam sob rígida disciplina militar. Seguiam-se os periecos, antigos habitantes da Lacônia, que se dedicavam ao artesanato e ao comércio. Eles não tinham direitos políticos, embora fossem livres e cultivassem suas próprias terras. Havia ainda os hilotas, umas espécie de escravos de pólis, que eram destinados aos esparciatas para cultivarem suas terras. Sem direitos ou qualquer proteção legal, os hilotas chegavam a sofrer massacres periódicos, disfarçados como “exercícios militares” e destinados a manter o equilíbrio demográfico entre eles e os esparciatas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário