Esparta, o prazer da guerra
Para manter sua hegemonia, a aristocracia de origem dória
montou uma estrutura voltada para uma ação militar continua. A preocupação das
instituições era fazer de cada membro dos setores dominantes um elemento
permanente do exército: Esparta encontrava na guerra sua justificativa e sua
vocação.
A essa estrutura política correspondia uma sociedade
hierarquizada, constituída por três grupos distintos. No topo estavam os
esparciatas ou espartanos, descendentes
dos dórios, que gozavam de todos os privilégios e viviam sob rígida disciplina
militar. Seguiam-se os periecos, antigos habitantes da Lacônia, que se
dedicavam ao artesanato e ao comércio. Eles não tinham direitos políticos,
embora fossem livres e cultivassem suas próprias terras. Havia ainda os
hilotas, umas espécie de escravos de pólis, que eram destinados aos esparciatas
para cultivarem suas terras. Sem direitos ou qualquer proteção legal, os
hilotas chegavam a sofrer massacres periódicos, disfarçados como “exercícios militares” e destinados a manter o equilíbrio demográfico
entre eles e os esparciatas.
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