segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Crise e decadência do Império Romano


Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. Embora poderoso, o Estado não conseguiu preservar a unidade política e administrativa no imenso território, habitado por povos de origens e culturas divesas. Para conservar o controle das províncias, os governos tiveram que manter grandes contingentes militares, chegando ao ponto de obrigar os filhos de soldados a seguir a carreira dos pais. O que gerou imensas despesas para o Estado. Causou a desvalorização da moeda, a alta dos preços e um violento processo inflácionario. A crise se acentuou graças ao colapso do escravismo e a sua gradual substituição pelo sistema de colonato: pessoas empobrecidas do campo e das cidades procuravam os grandes proprietários rurais e, em troca de proteção, passavam a trabalhar em suas terras como colonos. Muitos proprietários preferiam transforar seus escravos em colonos, arrendando-lhes partes da terra.
A cidade ia despovoando, o comércio ia decaíndo e os metais preciosos escasseavam: receber salário em moeda era praticamente impossível.
Em 284, Diocleciano foi proclamado imperador pelas tropas sediadas no Oriente. Buscou uma saída para a crise e introduziu uma reforma conhecida como tetrarquia. Haveria dois coimperadores, os Augustos, que governariam as metades oriental e ocidental do império romano. Cada um teria seu auxiliar direito, os César, e mais tarde se tornaria coimperadores.
Menos de 50 anos depois, tiveram início as chamadas grandes migrações dos povos bárbaros. Pressionados pelos hunos, os grupos germânicos dos ostrogodos e visigodos cruzaram  as fronteiras do Danúbio e se estabeleceram no território do Império. Era a intensificação de um processo que já havia conduzido povos germânicos, como os francos, para dentro das fronteiras romanas.
O imperador Teodósio conseguiu pacificar os visigodos, cedendo-lhes territórios e colocando-os a serviço da defesa do Império. Ele também se tornou o cristianismo oficial do Estado. Sua ultima medida, no ano 395, foi a divisão do Império Romano em Império do Oriente e Império do Ocidente. O império do Ocidente recebeu o golpe fatal em 476, ano em que Rômulo Augústulo foi deposto. O Império do Oriente manteve-se ainda por centenas de anos, forte e centralizado, vivendo uma era de grande esplendor. 


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